15 janeiro, 2007

Uma Noite no Museu (Night at the Museum)




Comédias infantis tendem a ser moralizantes. Algumas o fazem em grande estilo, ainda que exagerem levemente na educação compulsória. Uma Noite no Museu é uma mistura de fantasia, ação, comédia e fábula. Funciona bem até certo ponto, especialmente por ser muito bem produzido, e por não ter muita pretensão. Suas credenciais corroboram sua vocação: um diretor mais acostumado a episódios avulsos de seriados, Shawn Levy; roteiristas de outros filmes bobinhos, Ben Garant e Thomas Lennon; um ator velha-guarda sem nada de sensacional no currículo, Dick Van Dyke. É bem verdade que Dyke está particularmente bem no filme, à vontade no papel que faz, consciente do filme que está fazendo.

Bem Stiller no papel principal está no limite: normalmente, ele é bom em papéis dramáticos e comédias românticas, mas quase sempre exagera quando é um papel um pouco mais cômico, especialmente quando o diretor não se contém. Neste ele dosa um pouco melhor sua comicidade, chegando à beira do exagero em algumas partes. Pode-se dizer o mesmo de Robin Williams.

O roteiro não esconde sua faceta moralizante. As mensagens são várias, e ditas várias vezes: ame seu pai, não importa o quanto ele pareça inadequado; visite os museus; aprenda história – a velha frase de conhecer o passado para preparar-se para o futuro é dita sem nenhum disfarce. Isto porque o filme é feito para crianças. Especificamente, na idade do filho de Stiller no filme. Esses sim, vão divertir-se a valer. Para quem não tem filhos, é um filme dispensável – até porque há outras boas opções em cartaz.

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