09 janeiro, 2009

Sete Vidas (Seven Pounds)




Will Smith, poucos sabem, começou sua carreira em filmes mais dramáticos, como Seis Graus de Separação. E, apesar de ser mais conhecido pelos papéis de ação, sempre flertou com o, por assim dizer, cinema sério. Produções como Lendas da Vida e Ali fazem parte do currículo do ator. Mas foi com À Procura da Felicidade que realmente começamos a reparar na sua performance artística. Agora ele se une novamente ao diretor italiano Gabriele Muccino em mais um daqueles filmes feitos para chorar.

Sete Vidas é muito bem feito. Não usa nenhuma técnica inovadora, mas é excepcional em sua funcionalidade. A história é contada aos poucos, explicada passo a passo, muito bem amarrada por um ótimo roteiro. Apesar de não ser um filme difícil, pode ainda pegar os mais distraídos de surpresa no final. Há apenas um pequeno ponto em que parece que a trama começa a correr para um lado diferente do objetivo inicial, mas mesmo esse "deslize" mostra-se eficiente na evolução do filme.

Will Smith exagera um pouco na interpretação. Mesmo sabendo que seu personagem sofre, não podemos deixar de notar uma leve overdose, ali beirando a tristeza cômica. Uma pena, já que seu papel na parceria anterior com Muccino foi muito bom. Para sua sorte, ele está bem acompanhado. Rosario Dawson faz um excelente papel, e rouba a cena de Smith sempre que aparece na tela. Barry Pepper, apesar de fazer apenas rápidas aparições, também sai-se muito bem, como Woody Harrelson e Michael Ealy em suas pontas.

O que realmente segura em Sete Vidas é o roteiro, cativante e emocionante sem ser piegas - embora algumas vezes quase chegue lá. Com alguns detalhes a serem acertados, teríamos um filme primoroso. Mas os pequenos defeitos não desmerecem esta produção muito bem acabada.

Um comentário:

Anônimo disse...

A estória me preocupa na medida em que tenta justificar o suicídio.