10 abril, 2009

Presságio (Knowing)




Pelo trailer, parecia que ia ser um filme muito interessante, com algum mistério e emoção. Depois, as sinopses começaram a aparecer e, claro, tem o poster. Não dava mais para enganar, seria mais um daqueles filmes catástrofes, e daqueles em que o mundo acaba mesmo. Uma pena, pois o mote principal - uma sequência de números escrita há 50 anos por uma garota estranha que contém dados precisos sobre desastres ainda por ocorrer - poderia ser melhor utilizada. No começo - bem no começo - poderia até ser um dos bons filmes do Shyamalan.

Quem comanda a produção é Alex Proyas. Apesad do nome não soar conhecido, ele já realizou algumas peças muito boas, em especial O Corvo - o primeiro e original, com Brandon Lee, e o único que vale a pena ser assistido - e Cidade das Sombras, um bom filme não muito conhecido que inspirou algumas coisas do Matrix. A última grande produção de Proyas foi Eu, Robô, em que saiu muito bem. Em Presságio, ele dá uma bela derrapada.

E é acompanhado por um recorrente nas derrapadas, Nicholas Cage. Cage tem dois talentos. Um é o de ator, já bastante comprovado. Outro, talvez até mais comprovado, é o de entrar em furadas. Parece que ele gosta de projetos ousados, ou simplesmente de estar na tela não importa no que seja. Aqui, ele nem mesmo atua bem. Passa a maior parte do tempo com um olhar assustado extremamente artificial. O garoto Chandler Canterbury, que faz seu filho na trama, dá um banho no veterano.

O estilo muda levemente durante a fita, uma falha grave. Ora é thriller, ora é catástrofe, tenta em alguns momentos ser terror, falha em todas. E é previsível - chegamos a pensar em alguns momentos "tomara que agora ele não faça isso", e sempre faz. A menos que você seja pego despreparado por uma chuva repentina - o meu caso - pode deixar este passar.

3 comentários:

Fernando Lemos disse...

Nada sei de cinema, mas exerciteu um pouquinho com uma crítica no meu blog. Dá uma olhada lá e me diga se, um dia, posso ter a pretensão de me tornar um crítica mediano.
fa.lemos.zip.net
PS: não ligue para a punhetação que antecede a crítica em si no post, mas é que eu estava com uma puta gripe e nao conseguia dormir. Abraço

Sylvio disse...

Achei o final desse filme um dos mais bizarros dos últimos tempos.

Geralmente, o final de filme não é capaz de estragar um filme, mesmo que não acabe em "felizes para sempre", mas tem que haver alguma coerência.

Achei viagem de mais, não desceu.

Sylvio disse...

Achei o final desse filme um dos mais bizarros dos últimos tempos.

Geralmente, o final de filme não é capaz de estragar um filme, mesmo que não acabe em "felizes para sempre", mas tem que haver alguma coerência.

Achei viagem de mais, não desceu.