08 novembro, 2009

Substitutos (Surrogates)




Basta ler a sinopse de Substitutos para nos lembrarmos de Blade Runner. O mote é bastante parecido, apesar de também bastante criativo: uma tecnologia é capaz de criar cópias androide de qualquer pessoa, controlada à distância pela própria, e assim temos um mundo em que ninguém mais sai de casa, apenas manda seus substitutos no lugar, uma espécie de Matrix sem Matrix. O diretor Jonathan Mostow consegue imprimir um ritmo interessante entre o suspense e a ação. Mas não se enganem é um filme prioritariamente de ação, apesar das várias vertentes filosóficas que a trama sugere.

Mostow, que dirigiu Exterminador do Futuro 3, parece gostar da coisa. Além da mais famosa franquia de robôs, ele dirigiu também recentemente um filme para TV em que um alien se infiltra entre a humanidade. A comparação com Blade Runner, entretanto, é injusta. Além da diferença gritante na direção, o tratamento do roteiro é, em Substitutos, bem mais superficial. Mas é interessante a fotografia usada para fazer com que os androides apareçam perfeitos - apesar de ser uma pena que o Bruce Willis robô pareca um Backstreet Boy emo.

Bruce Willis faz o papel de sempre em filmes de ação, claramente pouco entretido com a produção. Sua parceira, Racha Mitchell, também não precisou de muito esforço, o que deixa claro que não é uma superprodução daquelas para conquistar o mundo. Mas é um filme bem feito e produzido, com efeitos convincentes e uma história que, mesmo sem ser utilizada em todo seu potencial, diverte.

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